
A Coca-Cola estuda instalar uma nova planta industrial no interior de São Paulo, com investimento estimado em R$ 1 bilhão. A companhia trabalha com a escolha do município até o fim de 2025 e início das obras em 2026, de acordo com declarações públicas de executivos.
Na região, cinco cidades estão na disputa, sendo que Pindamonhangaba e Lorena abrem vantagem como favoritas.
Pindamonhangaba desponta nas conversas por articulação política e disponibilidade de áreas industriais. Segundo apuração, a cidade conta com apoio do presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), André do Prado (PL), aliado do prefeito de Pinda, Ricardo Piorino.
Logística estratégica pela rodovia Presidente Dutra e proximidade de bases industriais e de distribuição fortalecem a candidatura de Lorena.
Correm por fora outros três municípios da região: Queluz (teria área ofertada com características semelhantes às avaliadas na antiga fábrica da Coca-Cola, em Porto Real, no Rio de Janeiro), Caçapava (conversas iniciais entre a Prefeitura e representantes da empresa) e Jacareí (praticamente descartada neste momento por questões de localização apontadas pelas fontes ouvidas).
Além do Vale, cinco cidades paulistas também estão no páreo e se movimentam para atrair o investimento: Itu, Sorocaba, Bragança Paulista, Jundiaí e Campinas.
A Coca-Cola realiza estudos técnicos e análises de viabilidade econômica, logística e ambiental para definir a localização. Em posicionamentos recentes à imprensa, a direção no Brasil reforçou a meta de decidir o local em 2025 e citou desafios na oferta de terrenos adequados no estado.
O setor de bebidas não alcoólicas segue relevante e em expansão no Brasil. O Ministério da Agricultura registrou mais de 29 bilhões de litros produzidos em 2023, com o Sudeste liderando o volume; refrigerantes responderam por cerca de 23 bilhões de litros (79% da produção).